quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Da Lagoa Mundaú à final da Copa Conmebol: Souza relembra início da carreira

É comum no Brasil ver que pessoas mudaram sua vida através do futebol. Na década de 1990, o jovem Willamis de Souza Silva se aventurava jogando em campos de várzea à beira da Lagoa Mundaú, com o objetivo de ajudar no sustento de sua família, moradora dos bairros do Vergel do Lago e Joaquim Leão, periferia de Maceió. Este jovem é o meio-campista Souza que, depois de quase 20 anos da estreia como jogador profissional, passagens por grandes clubes, título mundial e várias conquistas, relembra o início de sua carreira em solo alagoano. 


Souza tem em seu currículo passagens por grandes clubes, entre eles o Cruzeiro. (Foto: Divulgação)
“Minhas primeiras experiências no futebol foram à beira da Lagoa (Mundaú) jogando no time do Beto. Foi lá que aprendi quase tudo que levei para o esporte. Jogando na várzea com pessoas mais velhas, por grana ou feira para sustentar a minha família. O futebol sempre foi meu meio de ganhar dinheiro, de ter minhas coisas. Desde quando eu jogava na várzea chegava uma galera para me convidar para jogar e foi assim que levei minha vida até chegar ao CSA”, relembrou o ex-jogador do Azulão.

Souza chegou ao CSA aos 16 anos de idade. Apesar dos anos que se passaram, o jogador não esqueceu os momentos que viveu no Azulão do Mutange.

“São as melhores lembranças da minha vida. Pegando o ônibus para ir ao Mutange, descendo para treinar, indo tomar o caldo de cana do seu Léo com um pãozinho (que ficava lá no CT do Mutange). As lembranças do CSA são as melhores possíveis. Às vezes pessoas se enganam e acham que minhas melhores lembranças foram as conquistas que tive, mas não”, disse.

O meia declarou que toda a sua família sempre torceu pelo time do Mutange. A estreia como jogador profissional ficou marcada na mente do alagoano: “Imagina um moleque pobre que tem a oportunidade de ser jogador e poder representar a família no time de infância. Foi surreal a primeira vez que entrei em campo pelo time profissional do CSA”.


DIVISOR DE ÁGUAS
No Azulão, Souza foi campeão alagoano em 1999, além de fazer parte do time vice-campeão da Copa Conmebol daquele mesmo ano.

“Foi um divisor de águas na minha carreira aquele vice-campeonato. Depois daquele campeonato que fizemos, o que eu pude perceber foi o quanto eu sabia que tudo daria certo na minha carreira”, declarou.

ENCERRAR CARREIRA
Souza revelou que sonha em encerrar a carreira no CSA, mas explicou motivo que pode ter dificultado o interesse do clube por sua volta: “Nunca surgiu proposta nem conversa para que eu voltasse ao CSA. Na verdade, pessoas maldosas em uma época atrás interpretaram mal uma entrevista em um programa de TV, onde falei sobre chutar caranguejos me referindo quando jogava à beira da lagoa com chuva, e disseram que eu estava falando mal do CSA. Meu carinho e amor pelo clube vão além de quando eu vestia a camisa. Acredito que a minha volta ao CSA, que era um sonho meu encerrar a carreira no Azulão, não aconteceu por causa desse problema”.

Após deixar o CSA, o alagoano passou por grandes clubes do futebol brasileiro, entre eles Botafogo, São Paulo, Grêmio, Cruzeiro e Fluminense. No Tricolor Paulista, Souza conquistou um Campeonato Paulista (2005), dois Campeonatos Brasileiros (2006 e 2007), uma Copa Libertadores da América (2005) e um Mundial de Clubes (2005).

Souza ainda defendeu o PSG, da França, e foi dono da camisa 10, que hoje é de Neymar. Neste ano, o alagoano defendeu as cores do Brasiliense, onde sagrou-se campeão estadual.
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