Cristiano Jacinto Santos é o
nome de mais um alagoano que sonha em mudar de vida através do futebol. Com 15
anos de idade, o atacante está tendo a oportunidade de atuar nas categorias de
base do São Paulo. Moleque ousado dentro e
fora de campo, ele sempre teve convicção no que queria se tornar. O
garoto que morava no bairro do farol (Maceió) faltava escola, chegou a passar
fome e até foi expulso de ônibus, tudo isso para treinar e poder se aprimorar
no futebol.
“Minha mãe não tinha
condições e eu não conseguiu dinheiro da passagem todos os dias para ir treinar,
então tinha que pular a catraca do ônibus. Tinha vezes que os caras me expulsavam
do ônibus, passei muita humilhação”, disse o garoto, que faz parte do time Sub-15
do São Paulo.
Confira a entrevista que
o atacante Cristiano, do São Paulo, concedeu ao Golaço FC:
Golaço FC: Como chegou
às categorias de base do São Paulo?
Cristiano: Eu consegui
uma avaliação através de uma indicação do Hélio Miranda, treinado do Desportivo
Aliança, meu antigo clube. Foram duas semanas de testes, graças a Deus fui
aprovado.
Fala um pouco do atual
momento no clube:
Para mim é uma
experiência muito boa estar em um clube tão grande como o São Paulo. Estou
treinando com os melhores do Brasil, aqui fico cada dia mais motivado.
Quais são seus objetivos
no Tricolor?
Quero conquistar a
titularidade no time, sempre evoluindo, me profissionalizar e ajudar o São
Paulo a conquistar títulos. Também estou disposto a ajudar a equipe em todo
momento, dentro e fora de campo.
Quais são suas
principais características dentro de campo?
Sou um atacante de
beirada, mas também sei jogar como centroavante. Gosto de jogar nos lados de
campo com o objetivo de puxar para dentro da área e finalizar com fortes chutes
de direita ou esquerda. Tenho um bom cabeceio também.
Além do Aliança, onde
atuou antes ser aprovado no São Paulo?
CRB, Santa Cruz-AL,
Guerreirinhos, Fluminense-AL e Furacão. Também fiz um teste no Fluminense-RJ,
mas não fui aprovado.
Quem são seus ídolos no futebol?
Um é o Ibrahimovic, por ser um grande jogador e ter muita força, raça e técnica. E o outro é o Suarez, pela calma que tem para fazer gols. Me inspiro muito nos dois.
Apesar de já está em um
grande clube, você ainda está no início da carreira. Qual foi o momento de
maior dificuldade?
Foi quando eu fui reprovado no teste do Fluminense. Foi difícil de
enfrentar a reprovação, pensei até em desistir, mas aí minha mãe e meu ex-treinador
Alex me deram forças para continuar tentando.
O que mudou na sua vida
desde a chegada ao São Paulo?
Minha vida mudou muito
depois que cheguei aqui no São Paulo. Eu não conseguia conciliar os
treinamentos com os estudos, então eu faltava a escola escondido da minha mãe
para jogar futebol. Ela não tinha condições de me dá passagem todos os dias, aí
tinha que pular a catraca para ir treina. Tinha vezes que os caras me
expulsavam do ônibus, passava muita humilhação. As vezes o treinador me dava
passagem, só que eu não tinha tempo de almoçar, então eu pegava o dinheiro de
voltar para casa e comprava algo pra comer. Aí na volta eu tinha que pular a catraca do
ônibus ou ficava esperando a porta de trás abrir.
E sonhos? Quais são os
maiores?
Sempre minha mãe fez de tudo
para me ver feliz, então quero retribuir tudo em dobro. Eu amo muito minha
família e vou lutar por ela até o fim. Pode demorar, pode ser difícil, mas
sonho que um dia minha mãe veja um jogo meu como profissional. Tenho fé naquele
que me fortalece.
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